O técnico Dorival Júnior foi o responsável por ter pedido o aumento da penalização a Neymar, pelo episódio em que o atacante o ofendeu, no final da partida em que o Santos venceu o Atlético-GO, na última quarta-feira, na Vila Belmiro. Mas, apesar disso, o treinador evitou tecer maiores críticas à joia santista e, também, apontou o momento vivido atualmente pela sociedade brasileira como um dos responsáveis pela polêmica envolvendo os dois.
"Todos nós temos culpa nesse caso. Infelizmente, nós vivemos em um país no qual perdemos as referências e as pessoas fazem e desfazem das coisas como querem. Não existem referências positivas para o Neymar. O nosso país está vivendo um caos nesse sentido e, por isso, instituições como a família e a educação estão falidas. Só que dentro do que eu aprendi durante a minha vida, um ato de indisciplina tem que ser punido. Comigo é assim. Eu trabalho dessa forma e a diretoria conhece o meu pensamento", disse.
Dorival ainda comentou que, cumprida a punição - que será reavaliada nesta segunda -, Neymar será tratado normalmente dentro do elenco santista, apesar de o próprio comandante não ter garantido a participação do atacante no clássico contra o Corinthians, na próxima quarta, às 22 horas (horário de Brasília), na Vila Belmiro.
"O Neymar não é um bandido. Ele é uma pessoa que teve uma atitude errada, porém, continua fazendo parte do grupo. Não é porque o Neymar errou que está fora do grupo. Foi dada uma penalidade, mas ele é nosso amigo, companheiro de trabalho e vamos tratá-lo com carinho e respeito. Ele sabe disso. A punição foi dada para que ele e o grupo aprendessem que determinadas atitudes serão punidas sempre. A penalidade será sempre a mesma, independentemente do nome do jogador", concluiu.
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